terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Masturbação feminina


Relacionada a aspectos culturais e a repressão sexual, a masturbação feminina ainda é tabu para algumas mulheres. Para a terapeuta Ana Canosa, existem questões claras que explicariam mais sobre o tema, como por exemplo, o contato diário que cada pessoa tem com seu órgão sexual.  “Fisicamente, a mulher tem menos acesso à vagina em relação ao homem com o pênis. O indivíduo o olha e o segura toda vez que urina, criando de certa forma uma ‘intimidade’. Diferente de nós, que, pela própria conformação anatômica, temos o genital escondido”.
O estímulo manual que proporciona prazer ao corpo é considerado pela especialista e por estudiosos algo benéfico não só para a saúde, com na ajuda da prevenção de infecções do colo do útero e alívio das tensões, mas também na busca do prazer. “A mulher que se permite, legitima o próprio instinto sexual, as fantasias. Hoje elas têm acesso aos vibradores, que facilitam o processo de disparo do orgasmo”, afirma a terapeuta.
Técnicas irresistíveis
Um ótimo exercício para tirar a inibição é a leitura de contos eróticos, responsável por dar um “start” nas fantasias e começar a treinar os estímulos. O toque durante o banho também é recomendo por especialistas. Ele pode ser feito com a ajuda de sabonete líquido para facilitar o deslize das mãos. As posições podem variar. Vale experimentar deitada de costas, de lado, sentada em uma cadeira ou na beirada da cama. As vantagens permitem aprender diversas posições, que de quebra, ajudam a transformar a rotina do sexo individual.
Ritmo sexual
O toque também desenvolve a autonomia sexual, no sentindo da mulher saber o que lhe dá prazer e da maneira como gosta de ser tocada, afirma Ana Canosa. “Para inclusive comunicar o parceiro. Os homens fazem muito isso. Se estão estressados, se masturbam para descarregar a tensão”. Outra informação interessante dita pela terapeuta é sobre a questão de alinhamento de ritmo sexual. Ela exemplifica: “Se por exemplo uma mulher transa com o marido uma vez por semana, e tem mais tesão que ele, pode muito bem se tocar, ter uma descarga de tensão e depois ter outra relação, em outro dia, alinhando assim o ritmo dela”.
Atenta aos excessos
A mulher que explora o seu próprio corpo cria a fantasia que quiser. “Pode usufruir de todo esse parque de diversões que é o corpo dela. Serve ainda para destravar as que ainda têm vergonha do sexo. O único problema é quando a prática vira compulsiva, feita várias vezes ao dia, ao ponto de atrapalhar o cotidiano”, explica. “E quando a mulher não consegue mais explorar outras técnicas sexuais dentro da relação amorosa com outra pessoa, que não seja desta maneira”, acrescenta a terapeuta.

Outro cuidado que deve ser levado em consideração é quanto ao uso excessivo do vibrador. Segundo conta a especialista, o costume de se ter prazer por meio de um aparelho erótico pode fazer com que a relação com o parceiro “fique pobre”. “Como ela está acostumada a atingir o orgasmo rapidamente daquele jeito, a mulher às vezes não se permite explorar outras maneiras. Ela ainda pode passar a ‘comparar’ o desempenho do parceiro com o objeto, e não ter paciência para se permitir gozar em uma relação feita a dois”.
Aurora Aguiar

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